Fracasso... É essa a palavra que
tem ecoado em meus ouvidos. Sei que neste ano eu mergulhei de cabeça no
universo dos textos melodramáticos, com boas doses que ideação suicida e outras
coisas mais cabíveis a uma adolescente de 17 anos. Mas dessa vez... Sei não.
Acho que esse turbilhão de emoções desagradáveis resolveu aparecer justo agora
porque foi somente agora, neste ano, que me dei conta de uma série de questões,
pessoas e acontecimentos por digerir.
Fracasso? Fracasso não!Falta de
elaboração. Sempre a guisa de fechamento, sendo que o fechamento que é bom... Nada!
Nunca gostei de pontos finais. Sempre me pareceram chatos e tristes. Sempre
adorei reticências... Ai, esse gosto de continuidade... De coisa por dizer, por
fazer, por vivenciar... Exclamações são também irmãs minhas. Lindas,
longilíneas e elegantes! Quer dizer, nem sempre elegantes... Exaltadas, seria o
termo correto. E como eu me identifico com o termo “exaltada”!
Interrogações? Aff... Muito
presentes. Muito! E assim gosto que o sejam, sempre. Até o final dos meus dias.
Ponto seguida tem cara de “Hum,
ainda vem muito mais história...”. Mas, e o ponto final? Esse cretino, maldito,
que há de me pegar nas curvas da estrada, há de me impelir a cessar com meus
rompantes e que me cobra incessantemente o término da repetição dos mesmos
erros.
Odeio!
Detesto a forma como ele me coage
e mostra que estou errada. Não gosto que me peçam pra parar. Nem sei se consigo
fazer isso... Meus freios nunca funcionam. Eu sempre preciso de mais do que
evidências. Eu tenho que sentir que é hora de parar.
E dessa vez eu senti.
E, por incrível que pareça, dessa
vez o ponto final me mostrou que não necessariamente acaba quando termina. A
gente sempre pode começar outra aventura... Sempre dá pra escrever de novo. Não
uma mesma história, mas sim outra! Completamente diferente, estupidamente parecida,
mais comum, mais ou menos intensa... Como eu quiser que seja, do jeito que eu
puder fazer acontecer.
Sim, acho que tô começando a
gostar do tinhoso ponto final (inferno do meu passado, esperança dos meus
tempos recentes). E sim: Penso que já era mais do que hora de pular do trem.
Que insight!
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